HASTA CUANDO

Sudamerica Hardcore

:: Desonra ao Mérito

O culto ao consumo e ao mérito
sedimenta poderes e ergue altares
ao deus conhecido, todavia rejeitado
conduz os estimados entes
ao calabouço de suas mentes
extrai de suas bocas os dentes
perverso imaginário coletivo
o seu escopo é ditar formas e formalidades
seu culto cria frustrações e vaidades
sua fantasia não faz do sonho realidade
o verdadeiro, o bom, o (mal) necessário
o belo arbitrário
não quero competir e vencer o “inimigo”
não quero sair contigo e fazer coisas que não consigo
o que pretende ser anjo torna-se besta.

:: A Trajetória Explicita o Ser

Inexplicável, mas o óbvio permanecer inerte
enquanto o ciclo se renova, diante da estrutura que atribuimos vida
Ainda a essência que nos faz "esse" (ser)
Constante procura pelo bem que se foi subjetivo
(com méritos de reconhecimento dos atores e construtores)
Caridade que não transforma, mas estagna
As portas estão abertas, mesmo assim teme-se a liberdade
e os sentimentos, os sofrimentos se acomodam
A incondicionalidade de amar cria justificativas
para a localização do pensamento, que não as amenizam

Opressão fulminante
As pernas sentem o peso
Os gritos são fagulhas
que acendem o ódio produzido
que não é biodegradável

E transcender a utópica justiça
os pulsos amargam
em busca do saciar da
sede por uma conquista


:: Ad Arbitrium

Liberdade de escolha, liberdade miserável
Meu único direito é o de con$umir
Simulacro de "verdades libertárias"
Determinadas pela hegemonia do capital
Liberdade para o mercado, repressão para o povo

A "mão invisível" segura a arma
o revolver aponta pra sua cabeça
Troca voluntária ou ameaça chantagiosa?!

Que os ricos sejam cada vez mais ricos
Quem sabe assim caiam mais migalhas
de suas mesas para os pobres?

Uma nova aurora de paz e justiça
os "donos do mundo" não terão um vintém
onde ninguém tem, todos tem


:: O Leão e a Prostituta

Gritos, sangue, vidas que escoem
No ralo da discórdia
Propriedades divididas
Entre os poderes paralelos
Demo-kratos de nada valerá
Na cova dos leões
Não irá adiantar o clamor de Daniel
Nem muito menos
Nos salvará da grande meretriz
Sentada no leão capital
As vozes já começaram a se calar
O Levante se desmancha
Levantes esquerdistas
de uma esquerda inexistente
Levantes direitistas
entre os novos arautos do poder
Sociedade de massa
Alienada nas telas da ilusão à cores
Encoberta em sua vacuidade moral (sic)
Que esconde as lacunas
Deixadas pelas traças
As agulhas do capital
começaram a cozer sobre os cadáveres vivos
das necrópoles existenciais
contra o apego ao material
RESISTÊNCIA!
contra o poder de fogo capital
RESISTÊNCIA!
não se render ao avanço liberal
RESISTÊNCIA!
ao neoliberalismo desigual
RESISTÊNCIA!


:: Mordaça

Vivemos no marasmo da "revolta". Gritos são apenas ruídos afáveis.
A grande pertubação moral faz arruaça
no parlamento, nos palácios e nas casas. Iminente desgraça.
O levante desarmado aponta pra sua própria testa.
E nos testa! Até que ponto seremos infelizes e lastimosos?
Ao ponto de acreditar na mudança vertical.
Oh, quão grande são os heróis da nossa tragicomédia inusitada!
IRremediada. Apascentada. Sentada em berço esplêndido.
Apenas sentada, mais ainda adormecida.
A primazia dos gostos individuais se sobrepõe.
A insurreição já nasce morta em si. O ideário não é optativo.
Vivemos como jacobinos corruptos.
A angústia alheia nos mantém lúcidos.
Viva a liberdade de expressão! De expressar o quanto somos infelizes.
Viva os direitos individuais!
Que o individualismo sepultou com todas as flores.
Viva a liberdade econômica! A reprodução do capital nos sacia.
Celebrem os deuses da intolerância e do desamor!
Sois bem-vindo ao Reino da Fantasia. Compre seu disfarce.
Vista seu uniforme acadêmico e fetichista!


::
Isolar por Temer (ou Subcidades)

A clausura dos condomínios e das grades de ferro
Revelam a calamidade urbana de subcidades “privadas”
Nomadismo involuntário, exército de reserva
As mãos calejadas dos candangos empreendedores
Erguem os monumentos ultrajados
Palácios que pronunciam a sua sentença:
- I N V A S O R E S
- A P A R T H E I D !!!

Homens e mulheres incompatíveis
Expulsos do campo a ferro e chumbo
“Cidadãos de 2ª categoria” desterritorializados
Criam sociedades paralelas.
A arquitetura ideológica é o pano de fundo
O pano que oculta e esmorece
A sede de vingança e derriba a alforria.

Ateamos lenha na lareira que nos consome...
Longe de todos, mas ainda comprando.
Criam classes afastando-as dos centros,
O vírus cala, à repressão, todas as vozes que se levantam,
Fluxo urbano friamente controlado,
A resposta está em apenas duas palavras:
- I N V A S O R E S
- A P A R T H E I D !!!

Linhas invisíveis são traçadas...
Vergonha, medo, indiferença.
Brotam no solo aglomerados de madeira
Tão distantes do ideal de felicidade
Estampado no outdoor,
Muros e grades, mantém as “vítimas”
Em seus confortáveis cativeiros.
A paz existe somente quando projetada
Pelo canhão a cores.

Segregação urbana, barbárie declarada,
Isolar por temer.


::
Aspiraciones

Todo lo que esta lejos de mi horizonte visual
Me hace querer recuperar los días perdidos
Y la fantasia de la libertad impuesta
Me hace sufrir ante mi debilidad

Que yo tengo que mentir
Que yo tengo que maltratar
Que yo tengo que destruir

La paciencia es un castigo suave
La honestidad ya no es tan distante
Como el crepusculo de un hombre viejo
Al caracter y a la renuncia de mi mismo
Son aspiraciones utopicas de mi alma
Libertad es la voluntad de libertar
Libertad es la osadia de ser libre


:: Aspirações (tradução)

Tudo que me foge ao horizonte dos meus olhos
me seduz ainda mais a recuperar os dias perdidos
e os devaneios da liberdade imposta
me fazem sofrer diante da devassa aptidão

que eu tenho de mentir
que eu tenho de maltratar
que eu tenho de destruir a paciência é o jugo suave
a honestidade já não é tão distante
como o crepúsculo do velho homem
o caráter e a renúncia de mim mesmo
são aspiraçőes utópicas de minh’alma
liberdade é a vontade de libertar
liberdade é a ousadia de se libertar


:: Entrefuego

Entrefuego
sobrevive uma flor entre o tiroteio

Entrefuego
o fruto da justiça permanece ileso

Mesmo que eu ande
pelo vale da sombra e da morte
eu ainda sobreviverei
A sombra de tiros que alucina nossos sonhos
não pode extorquir nossa esperança

Tiros, medo, dor e aflição
violência física, violência simbólica
Agressão verbal e prostituição ideológica são os frutos da corrupção

o rico pergunta a Deus:
"o que faço para ter a vida eterna?"
o pobre suplica:
"liberte-me da miséria.
Quero 'vida' nesta vida."


:: Entrefuego (tradución)

Entrefuego
Sobrevive una flor en el tiroteo

Entrefuego
El fruto de la justicia permanece ileso

Aunque camine
Por el valle de sombra y de muerte
Aun sobrevivire
A la sombra de los tiros que alucinan nuestros sueños
No pueden acabar con nuestra esperanza

Tiros, miedo, dolor y agonia
Violencia fisica, violencia simbolica
Agresion verbal y prostitucion son los frutos de la corrupcion

El rico le pregunta a Dios:
Que hago para tener vida eterna?
El pobre suplica:
Libre-me de la miseria
“Quiero vida en esta vida”



:: Caudilhos

O suor cai e rega o latifúndio
Perpetuando uma tradição de dor e exploração
Temerosos, “peones” e “braceros”
Permanecem em silêncio profundo
E nesta situação nasce
Uma geração de estômagos vazios
Que alimentam o ciclo vicioso e poderoso do capital
Revolta no campo
O cabresto da moral
Gritos de dor como acalanto
No armazém, eis o ritual
Semi-escravidão explícita
Justificada pela profana indústria da miséria.

O demônio da ganância impera nos latifúndios latino americanos
Temerosos, “peones” e “braceros”
Permanecem em silêncio profundo
E nesta situação nasce
Uma geração de estômagos vazios
Que alimentam o ciclo vicioso e poderoso do capital


:: Caudillos (tradución)

El sudor cae y riega el latifundio
Perpetuando una tradición de dolor y explotación
Temerosos “peones y labradores”
Permanecen en profundo silencio
Y de esta situación nace
Una generación de estómagos vacíos
Que alimentan el ciclo vicioso y poderoso del
capital

Insurrección en el campo
Las cadenas de la moral
Gritos de dolor que nos consuelan
En el almacén, hay un ritual

Una semi esclavitud explicita
Justificada por la industria profana de la miseria

El demonio de la ganancia domina en los latifundios latinoamericanos
Temerosos "peones y labradores”
Permanecen en profundo silencio
Y de esta situación nace
Una generación de estómagos vacíos
Que alimentan el ciclo vicioso y poderoso del capital



:: ¡Fe Ciega!

Cruces a la orilla de la carretera
Cruces en el templo sagrado
Cruces que adornan mausoleos lujosos
Cruces con atuendos eclesiásticos
¿Cualquier cruz en el ataúd de lata?
¿Cualquier cruz en un cementerio clandestino?Y el Verdugo manipulador de los fieles
Consigue disfrazar las trazos de la perversidad
Atraves de una nueva perseguición
La segregacion social es el fruto de un cristianismo orgulloso
El culto al los lideres es algo precioso y que nos complace

¡Fe ciega! ¡Fe muerta!
¡Fe ciega es muerta!


:: Fé Ciega! (tradução)

Cruzes na beira da estrada
Cruzes no templo sagrado
Cruzes adornam jazigos luxuosos
Cruzes com vestes sacerdotais
Alguma cruz no esquife de lata?
Alguma cruz no cemitério clandestino?
O algoz manipulador dos fiéis
Consegue maquiar as rugas da perversidade
através de uma nova inquisição

A segregação social é fruto de um cristianismo ufanista
O culto ao líder é algo precioso e comprazível
Fé Cega! Fé Morta!
Fé Cega é uma fé morta!



:: Camorra del Infierno

Nuestros cadenas nos continuan subyugando
Por las burguesia con su lujo
La ostentación de la clase alta y corrupta
Es sostenida por nuestra debilidad reaccionaria

Nos enseńaron a ser así
usurparan nuestro derecho a usar la tierra
nos moldaron así
usurparan nuestra dignidad
como artimañas legales aunque inmorales

camorra del infierno
caudillos fascistas vestiendo saco

camorra del infierno
bastardos malditos, gusanos perversos

camorra del infierno
demonios políticos, mí odio es eterno

y del otro lado...

sin tierra, sin techo, sin Dios,sin confianza
vidas sufridas que pierden la esperanza.


:: Camorra do Inferno (tradução)

Nossos grilhőes continuam nos forjando
pelas hostes abastadas de luxo
A ostentaçăo das elites corruptas
é sustentada por nossa fraqueza reacionária

Nos ensinaram a ser assim
Usurparam nosso direito de usar a terra
Nos moldaram assim
Usurparam nossa dignidade
Com artifícios "legais", porém imorais (sic)

Camorra do Inferno
Coronéis pefelistas vestidos de terno

Camorra do Inferno
Bastardos malditos, vermes perversos

Camorra do Inferno
Demônios políticos, meu ódio eterno

e do outro lado...

Sem terra, Sem teto, Sem Deus, Sem confiança
Vidas sofridas que perdem a esperança


::
La Atrofia Mental

La atrofia Mental se apodera del rebaño
La manipulación crea un ejercito de zombis
Los ojos cansados ya no se distinguen más
Todo lo que aparece enfrente de nosotros es aceptado

Corrupción de quien debería combatirla.
Huella de la naturaleza de Adán
Chiflados por el medio capitalista
Conformados con la miseria en que viven
La Atrofia Mental, La Atrofia Mental, La Atrofia Mental.
Como marionetas en las manos de la industria cultural.
Ejercito ciego guiado por la ganancia
Egocentrismo concedido por el consumismo


:: A Atrofia Mental (tradução)

A Atrofia Mental toma conta do rebanho
A manipulación cria um exército de zumbis
Os olhos cansados já não distingue mais
Tudo que aparece pela frente pela é aceito.

Corrupção de quem deveria combater
Marcas de uma natureza adâmica
Alienados pela mídia capitalista
Conformados com a miséria em que vivem

Atrofia Mental, Atrofia Mental, Atrofia Mental,
Como marionetes nas mãos da indústria cultural

Exército cego, guiado pela ganância,
Egocentrismo outorgado pelo consumismo



:: Introdución

LUCHAR por los que miserables que no han tenido justicia
DESPERTAR el pueblo contra los tiranos apestosos y embaucadores
CONVERTIR la sociedad corrupta y racista.
REAFIRMAR conceptos de justicia y moral (sic)
que aun que sean absolutos se convierten en relativos.
DESENMASCARAR ideologías que aparentan
ser hermosas cuando en relidad no lo son.
¿Hasta Cuándo? Hasta la victoria? Siempre

:: Introdução (tradução)

LUTAR pelos injustiçados e miseráveis.
DESPERTAR o povo contra os tiranos fétidos e sanguessugas.
TRANSFORMAR a sociedade corrupta e racista.
REAFIRMAR conceitos de justiça e moral
que embora sejam absolutos se tornam relativos.
DESMASCARAR ideologias que se passam por
belas mas são casca de um vespeiro.
ATÉ QUANDO? ATÉ A VITÓRIA SEMPRE!



:: Mundo en Llamas

Mis ojos húmedos, irritados y contaminados
No ven más los manantiales ni los bosques
Los hombres y sus "Selvas de Piedras"
No pueden deshacerse de sus lujurias Descontrol total, hombre y naturaleza
Paciente terminal, planeta al borde de un caos
Tú también eres culpable, un esclavo del consumo compulsivo
Que lastima y quema, que transforma, desobedece, explora, explora
Mundo en llamas
Paciente terminal
Todo lo que nos dio el Seńor
Se disuelve en un acto criminal
Que lastima y quema, que transforma, y no respeta, explora ,explora

:: Mundo em Chamas (tradução)

Meus olhos úmidos, irritados e poluídos
Não vêem mais os mananciais e as matas
Os homens e suas "Selvas de Pedra"
Năo podem abrir mão de suas luxúrias
Agride e queima, transforma, desrespeita, explora, explora
Descontrole total, Homem e Natureza
paciente terminal, planeta a beira do caos
você também é um culpado,
um escravo do seu consumismo compulsivo
agride e queima, transforma, desrespeita, explora, explora
Mundo em Chamas
paciente terminal
Tudo que o Senhor nos deu
se dissolve num ato criminal
agride e queima, transforma, desrespeita, explora, explora

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